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Era uma vez dois meninos muito bons amigos. Chamavam-se João e Santiago, e como estavam sempre juntos, assistiam ambos a uma escola situada no cume de uma colina.

Próximo dos terrenos para brinquedos da escola havia um extenso terreno baldio onde tinham sido realizadas escavações para certas minas. Foram descobertos minérios valiosos a uma grande profundidade, e tiradas muitas pedras para a superfície para passá-las pelas máquinas que separavam o minério das escórias.

Os mineiros trabalharam nisto durante muito tempo, até que finalmente não havia mais minério e o trabalho terminou. Foram tiradas todas as ferramentas dos poços e das galerias subterrâneas, e a maquinaria foi levada para onde havia novas minas. A água começou a encher os túneis, uma vez que foram tiradas as bombas. As chuvas também contribuíram para encher os poços, até que a água quase chegou à superfície.

Uma ordem muito severa da escola era que nenhum menino devia pisar nesses terrenos.

Numa tarde, depois que terminaram as aulas, ocorreu a Santiago uma idéia que lhe pareceu brilhante. Para a maioria das crianças, há prazer na variação de suas atividades, de modo que Santiago disse a seu amigo:

- Joãozinho, vamos tomar um caminho de atalho para nossa casa.

Joãozinho pensou que isso seria interessante, e o acompanhou. O caminho do atalho passava pelo terreno onde haviam trabalhado os mineiros, porém os meninos esqueceram-se do regulamento da escola.

Foi muito divertido ir para casa por um caminho diferente. Santiago escondeu-se atrás de um montão de pedras, e Joãozinho tratou de procurá-lo. Logo pararam para examinar o que havia ao redor de um velho poço. Jogaram pedras ao seu interior para ouvir como golpeavam contra a água.

Mais adiante viram um despenhadeiro e um lugar bastante bom para nadar, porém fazia frio. Fizeram esforço para subir a um grande montão de escórias de cujo cume podia ser vista grande parte da cidade e até os campos de muito longe.

Outra tarde os meninos detiveram-se para brincar ao redor de um poço. Santiago correu até muito perto da boca, tropeçou e caiu de cabeça nas águas turvas. Quando voltou à superfície procurou agarrar-se a madeiras podres que flutuavam no pólo. João não podia alcançar o seu amigo com a mão e não tinha corda para jogar-lhe. Gritou-lhe que ia, em busca de auxílio, e saiu correndo.

Alguém chamou pelo telefone o corpo de bombeiros. Imediatamente chegaram os caminhões com suas sirenas; veio também o grande caminhão com escadas. Joãozinho indicou aos homens onde tinha caído Santiago, porém agora não podia ser visto. Os homens começaram a usar cordas e ganchos para tirar o menino.

Logo se espalhou pelo povoado a notícia de que havia acontecido um acidente, e vieram mineiros de todas as partes para ajudarem a procurar. Chegou a noite, mas os homens, com o auxílio de algumas pequenas luzes, continuaram trabalhando, ainda que sem resultado.

No dia seguinte outros homens estenderam cabos para as luzes elétricas e a força do motor. Foram instaladas duas grandes bombas, que imediatamente começaram a funcionar, tirando milhares de litros de água que lançavam em um ribeiro ao pé da colina.

Lentamente foi baixando a água do poço. No interior deste foi construído um andaime para que os homens pudessem trabalhar melhor. Passaram-se vários dias. As grandes bombas continuavam funcionando, e os homens lutavam dia e noite.

Bem no fundo do poço foi encontrado o corpo do menino. Tiraram-no imediatamente, levaram-no para uma ambulância que esperava, porém era demasiado tarde. Este caso triste mostra-nos que os meninos devem atender ao conselho de seus pais e professores e obedecer-lhes sempre.

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