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Arteiro era um gatinho preto, que apareceu no quintal, e as crianças trouxeram para dentro de casa.

Célia deu-lhe o nome de Arteiro, porque a primeira arte que fez foi enfiar as patinhas na cesta de costura da mamãe enroscá-las na linha, desenrolar o carretel, puxá-lo para fora e embrulhar-se todo na linha já embaraçada.

Um dia, ele pulou e puxou a ponta da toalha da mesa e subiu por ela, pondo-se todo contente bem no centro da mesa! Era tão pretinho e engraçado sobre a toalha alva, que até a mamãe não pode deixar de rir ao tirá-lo de lá, dizendo que ali não era lugar para gatinhos!

“Ele precisa tomar umas lições de boas maneiras”, disse Rosália; “mas como ele aprenderá, se não entende o que dizemos?”.

Papai gostava do Arteiro também. Quando estava em casa à tarde, deixava que o gatinho lhe subisse pelas pernas, e se aninhasse no alto dos seus ombros. Depois o levava consigo até à biblioteca, e o ajeitava na mesa, onde ele tirava um bom sono. Mas quando não queria dormir, o Arteiro fazia artes: Mexia nos papéis... Um dia ele pulou na escrivaninha e passou um tempo delicioso espalhando penas e lápis pela sala toda; mas quando entornou o tinteiro, mamãe disse: “Não há jeito; precisamos ensinar boas maneiras ao Sr. Arteiro, ou então conservar a escrivaninha sempre fechada”.

“O melhor é fechar a escrivaninha”, disse Rosália que achava que o Arteiro era muito pequeno para aprender boas maneiras.

Um dia, papai estava muito ocupado e chegou tarde para o almoço. As crianças almoçaram e estavam prontas para ir à escola.

“Antes de almoçar, preciso ver o jornal”, disse o papai, “não tive tempo de correr os olhos pelas notícias esta manhã!”.

Ele abriu o jornal e começou a ler, quando...

“Papai, olhe! Gritou Rosália”, Olhe, papai!”.

Papai afastou o jornal, sobre a mesa, saboreando placidamente seu prato!

“Será possível!” Exclamou a mamãe! “Este gatinho tem que aprender bons modos!”Ela retirou o gatinho de lá, levou-o para o “hall”, fechou a porta e trocou o prato do papai”.

Papai simplesmente riu. “Ele aprenderá quando for mais velho”, disse.

Mamãe esqueceu-se do Arteiro enquanto tirava a mesa. De repente, lembrou-se. “Ora! Esqueci-me do gatinho lá no hall!”.

Ela foi procurá-lo. Nem sinal de gatinho no “hall”! Ela chamou, chamou, mas o Arteiro não apareceu. Procurou-o pela casa toda, e nada do Arteiro!

Quando as meninas voltaram da escola, a mamãe disse-lhes:

“Coitado do Arteiro! Sumiu-se! Procurem-no pelo quintal; não quero que ele passe a noite fora, sozinho!”.

As crianças procuraram e procuraram... Perguntaram aos vizinhos, e nada. Ninguém vira o Arteiro.

“Papai ficará triste quando souber do desaparecimento do Arteiro”, disse Rosália.

“Vou tentar mais uma vez. Vou olhar por toda parte”, disse Célia. Mas não foi encontrado. As crianças estavam tristes quando papai chegou para jantar.

“Papai, Arteiro sumiu-se”, disseram elas.

Papai riu gostoso

“Olhem aqui!” Disse ele. Enfiou a mão no bolso do sobretudo e retirou de lá... O gatinho preto!

“O Arteiro!” Gritaram as crianças, correndo ambas para pegá-lo.

Onde você o encontrou; perguntou mamãe.

Papai contou que já estava na metade do caminho para a cidade, quando, ao tirar, o lenço do bolso, deu com o gatinho que dormia sossegadamente no seu bolso. Quando mamãe levou-o para o “hall”, ele subiu no, sobretudo do papai e acomodou-se num dos bolsos.

“Que fez com ele, papai?” Perguntou Célia.

“Levei-o para o escritório, naturalmente”, disse ele; “não havia tempo para voltar em casa. No escritório, ele se comportou muito bem; brincou com todos e dormiu no cesto de papel. E ainda se fala em ensinar-lhe boas maneiras! Vamos tratá-lo como a um cavalheiro, e mais tarde verão que ele será o melhor e mais ajuizado gato do mundo!”.

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