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Numa prisão, na Áustria, em frente de uma cela em que se encontravam dois jovens condenados, incriminados do assassínio de um policial, dois visitantes conversavam:

- Parece-me que vai perder o seu tempo, dizia um deles, sacerdote; estes jovens são católicos. Envidei todos os esforços no sentido de os converter, mas tudo foi inútil, pois estão completamente endurecidos. Todavia quando já me propunha a sair pediram que os deixasse falar com um pastor evangélico.

Eram 17:30h e às 18:00 horas ambos seriam executados.

O homem a quem havia sido dirigido a palavra do padre, um pastor evangélico, entrou na cela, orando fervorosamente no espírito. Os jovens Sobot e Kosil, de 17 anos, levantaram-se, cumprimentando-o e Sobot disse, simplesmente:

- Esperávamos que o senhor viesse...

Colocando sobre a mesa a Bíblia, o pastor respondeu:

- Sinto-me muito contente por estar aqui.

- Que livro é aquele? Perguntou Kosil.

- A Bíblia.

- Será esse o livro que diz que Deus fez o mundo?

- Exatamente, tornou o pastor; mas diz muito mais ainda. Não relata apenas que Deus criou o mundo, mas diz, também, que Ele o amou. Escutai isto: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

E o pastor sentou-se num banco, fazendo sentar ao seu lado os dois condenados; e continuou:

- Deus amou o mundo! Isto é verdade e algo aconteceu que o prova, e ao mesmo tempo em que Ele ainda o ama.

Os jovens escutavam atentamente e o pastor falou-lhes de Cristo, o Filho de Deus, que pelo sacrifício de Si próprio veio tirar o pecado, reconciliando o mundo com Deus. Em dada altura leu-lhes as seguintes palavras: “E quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali O crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

- Mas é verdade que Ele disse isso por aqueles dois criminosos? Interrompeu Kosil.

- Certamente eles estavam incluídos nesta frase, foi a resposta.

- Pastor, julga realmente que há alguma coisa além da morte? Sempre supus que na morte tudo findaria...

- Não, amigo, a morte não é o fim; há algo mais depois dela.

- Se isso é verdade, será uma coisa péssima o que nos espera, exclamou Kosil amargamente.

Mas, com alegria, o pastor atalhou:

- Não, necessariamente; pode acontecer uma coisa maravilhosa. Escutai.

E leu-lhes a história do ladrão que, moribundo, disse a Jesus pendurado na cruz ao seu lado: “Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino”. E a resposta de Jesus: “Em verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso”.

Sobot e Kosil quedaram pensativos.

- Meus amigos – disse o pastor, tomando-lhes as mãos – nunca em minha vida aconselhei alguém a seguir o exemplo de um criminoso, agora, porém, peço-vos: imitai este ladrão que morreu ao lado de Jesus, confessando os seus pecados, naquelas palavras: “E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez”. Este homem voltou-se para Deus e confiou em Jesus para o perdão dos seus pecados, e quando Deus nos perdoa, os nossos crimes são apagados. Jesus respondeu à fé daquele homem com as palavras: “Na verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso”.

Depois desta conversação, quando o pastor apareceu à porta da cela, o padre perguntou-lhe:

- Então que conseguiu?

O pastor apenas lhe respondeu: - Entre, senhor capelão.

E os dois permaneceram na cela durante dez minutos apenas. Foram, todavia, momentos santificados, pelo arrependimento dos jovens, pela sua fé em Cristo, crucificado e vivo.

Depois, foram palavras de agradecimento, saudação e o adeus...

O padre e o pastor evangélico ficaram olhando à porta até que de todo se perderam as figuras daqueles que não mais voltariam e, num movimento espontâneo, apertaram-se às mãos. Ambos haviam visto que o Evangelho de Cristo é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”.

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